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terça-feira, 12 de junho de 2012

Oração aos Orixás




Deus salve o Grito do grande Rei Xangô, que expulsa de nosso meio médiuns mentirosos e charlatões!
Deus salve a Espada de Ogum, que corta de nossos caminhos os que alimentam o ódio e a inveja!
Deus salve a Flecha de Oxossi, que mata o pássaro da maldade e da traição!
Deus salve as Águas de Oxum, que lava nossos caminhos da mentira e da falsidade!
Deus salve os Ventos de Iansã, que expulsa os que alimentam pensamentos de promiscuidade e infidelidade!
Deus salve as Águas de Iemanjá, que lava nossos terreiros dos que alimentam a falta de amor e respeito ao próximo!
Deus salve as Chuvas de Nanã, que trazem o peso da responsabilidade, afastando os ociosos e oportunistas!
Deus salve o Cajado de Omulu, que expulsa as doenças do egoísmo e da desordem!
Deus salve Nosso Pai Oxalá, salvaguardando nossa Umbanda daqueles que ainda não conhecem o verdadeiro sentido da caridade!
DEUS SALVE A NOSSA UMBANDA! … e não desampare os que ainda se arrastam pelos caminhos da ignorância e da hipocrisia

***

Que a irreverência e o desprendimento de Exú me animem a não encarar

as coisas da forma como elas parecem à primeira vista e sim que eu
aprenda que tudo na vida, por pior que seja, terá sempre o seu lado
bom e proveitoso! Laro Yê Exu!

Que a tenacidade de Ogum me inspire a viver com determinação, sem que
eu me intimide com pedras, espinhos e trevas. Sua espada e sua lança
desobstruam meu caminho e seu escudo me defanda. Ogum Yê meu Pai!
Que o labor de Oxossi me estimule a conquistar sucesso e fartura às
custas de meu próprio esforço. Suas flechas caiam à minha frente, às
minhas costas, à minha direita e à minha esquerda, cercando-me para
que nenhum mal me atinja. Okê Arô Ode!

Que as folhas de Ossanhe forneçam o bálsamo revitalizante que
restaure minhas energias, mantendo minha mente sã e corpo são. Ewe
Ossanhe.

Que Oxum me dê a serenidade para agir de forma consciente e
equilibrada. Tal como suas águas doces – que seguem desbravadoras no
curso de um rio, entrecortando pedras e se precipitando numa
cachoeira, sem parar nem ter como voltar atrás, apenas seguindo para
encontrar o mar – assim seja que eu possa lutar por um objetivo sem
arrependimentos. Ora YeYêo Oxum!

Que o arco-íris de Oxumaré transporte para o infinito minhas orações,
sonhos e anseios, e que me traga as respostas divinas, de acordo com
meu merecimento. Arrobobo Oxumaré!

Que os raios de Yansã alumiem meu caminho e o turbilhão de seus
ventos leve para longe aqueles que de mim se aproximam com o intuito
de se aproveitarem de minhas fraquezas. Êpa Hey Oyá!

Que as pedreiras de Xangô sejam a consolidação da Lei Divina em meu
coração. Seu machado pese sobre minha cabeça agindo na consciência e
sua balança me incuta o bom senso. Caô! Caô Cabecilê!

Que as ondas de Yemanjá me descarreguem, levando para as profundezas
do mar sagrado as aflições do dia-a-dia, dando-me a oportunidade de
sepultar definitivamente aquilo que me causa dor e que seu seio
materno me acolha e me console. Odoyá Yemanjá!

Que as cabaças de Obaluayê tragam não só a cura de minhas mazelas
corporais, como também ajudem meu espírito a se despojar das
vicissitudes. Atotô Obaluayê!

Que a sabedoria de Nana me dê uma outra perspectiva de vida,
mostrando que cada nova existência que tenho, seja aqui na Terra ou
em outros mundos, gera a bagagem que me dá meios para atingir a
evolução, e não uma forma de punição sem fim como julgam os
insensatos. Saluba Nanã!

Que a vitalidade dos Ibeijis me estimule a enfrentar os dissabores
como aprendizado; que eu não perca a pureza mesmo que, ao meu redor,
a tentação me envolva. Que a inocência não signifique fraqueza, mas
sim refinamento moral! Onibeijada!

Que a paz de Oxalá renove minhas esperanças de que, depois de erros e
acertos; tristezas e alegrias; derrotas e vitórias; chegarei ao meu
objetivo mais nobre; aos pés de Zambi maior! Êpa Babá Oxalá!



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